Neste momento, há pelo menos 785 estudantes de enfermagem e de outras profissões realizando estágios obrigatórios, residências e atuando na linha de frente do combate à Covid-19 na rede pública de saúde do Distrito Federal. Até agora, nenhum desses jovens recebeu vacina contra a Covid-19 e todos estão expostos a infecções e mortes.
Ontem, uma dessas jovens estudantes que estão atuando na linha de frente, de apenas 26 anos, não resistiu à infecção pelo novo coronavírus e morreu. Ela deixou o marido e uma filha de apenas 5 anos de idade.
“Eu nem consigo imaginar o sofrimento de uma criança desta idade perder a mãe, é a maior crueldade do mundo. Essa morte poderia ter sido evitada com a vacinação”, lamenta o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), Dr. Elissandro Noronha.
O Coren-DF já implorou à Secretaria de Saúde várias vezes pela inclusão dos estagiários e residentes no grupo prioritário de vacinação, conforme recomenda o Ministério da Saúde. Entretanto, a pasta responde que há poucas vacinas e que não é possível atender neste momento.
“Não aceitamos essa negativa, é um número restrito de pessoas, dá para atender sim. Embora o estoque de vacinas seja pequeno, incluir quem está na linha de frente arriscando a vida para cuidar de pacientes é mais que prioritário, é urgentíssimo”, defende Noronha.
