Coren-DF cria Comissão de Enfermagem Forense do Distrito Federal

Especialistas vão explorar potencial da especialidade para ajudar vítimas de violência.

09.02.2022

Uma das especialidades que mais crescem, agora, terá um grupo de estudiosos e especialistas para estudar e explorar todo o potencial que o segmento oferece. Isso mesmo, o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) decidiu criar a Comissão de Enfermagem Forense do Distrito Federal. O grupo será coordenado pelo conselheiro Adriano Araújo da Silva e composto pelas enfermeiras Andressa de Oliveira Soares, Jade Fonseca Ottoni de Carvalho, Maria Joelma dos Santos, Regina Ribeiro Ricarte e Simone Luzia Fidélis de Oliveira. A cerimônia de posse oficial está marcada para o próximo dia 15.

“Temos muitas missões urgentes neste momento. Profissionais de Enfermagem que atuam na área forense podem contribuir com o atendimento das vítimas de violência e ajudar a reduzir a incidência desse problema. Como comissão, vamos apontar esses caminhos e discutir a fundo o problema da violência contra a mulher, especialmente contra as profissionais de saúde. Vamos subsidiar a presidência do Coren-DF nas decisões sobre esse tema e procurar meios de mitigar o problema. Vamos atuar nas escolas e faculdades, para falar sobre a importância da Enfermagem Forense e sobre as oportunidades de trabalho que a área oferece”, afirma Adriano Araújo da Silva, que também é membro da Comissão Nacional de Enfermagem Forense, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Enfermeiras e enfermeiros forenses são especialistas no atendimento a paciente vítima de violência, preparados para reconhecer a existência de evidências, vestígios e preservar provas adequadamente. O profissional atua na assistência em casos como violência doméstica, abuso sexual, abuso de drogas e álcool, lesões por homicídio, lesões por suicídio e psiquiatria forense. A competência técnica do enfermeiro forense é uma especialidade reconhecida pela Resolução Cofen 556/2017. “O Distrito Federal é precursor nessa especialidade e tem contribuído em nível nacional para o reconhecimento e a regulamentação da área, que é de fundamental importância no atendimento a pacientes vítimas de violência. Continuaremos fazendo a nossa parte pelo desenvolvimento das ciências forenses no âmbito da enfermagem”, afirma o presidente do Coren-DF, Dr. Elissandro Noronha.

O campo de atuação do enfermeiro forense é diversificado. Pode-se atuar nas unidades de saúde, hospitais, IMLs, delegacias, tribunais e em qualquer instituição que acolha pessoas vítimas de violência. “As estatísticas em tempos de pandemia demonstram um aumento em situações de violência contra mulheres, idosos e crianças, em que é indispensável a rapidez para elucidação do processo investigativo”, explica a presidente da Sociedade Brasileira de Enfermagem Forense (SOBEF), Carmela Alencar. “Nossos especialistas atendem a necessidade de acolhimento e humanização diante de situações difíceis e constrangedoras com essas vítimas. Por isso, precisamos ampliar a atuação da Enfermagem Forense”, comenta Zenaide Cavalcanti, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Forense (ABEFORENSE).