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UPA Planaltina não atende necessidades da população e precisa de soluções urgentes

Em fiscalização realizada nesta quarta-feira (12), o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) constatou que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Planaltina apresenta irregularidades que comprometem o seu funcionamento e prejudicam o atendimento à população. Atualmente, a operação do serviço está restrita apenas a pacientes com classificação vermelha. Sequer teste de Covid-19 a unidade oferece à população, em um momento crítico da pandemia.

A unidade não tem quarto de isolamento para tuberculose e havia um paciente internado com essa patologia. Para usar o banheiro, esse paciente tem que atravessar o corredor e ir ao mictório comum. Em linhas gerais, não tem estrutura específica para paciente em isolamento. “A UPA Planaltina foi inaugurada, mas ainda falta funcionar plenamente. Com apenas 2 leitos vermelhos, 9 amarelos e 6 verdes, conta com uma estrutura muito pequena para uma comunidade tão grande e, mesmo assim, ainda apresenta sérias restrições de funcionamento”, revela o presidente do Coren-DF, Elissandro Noronha.

Segundo o diretor-secretário do Coren-DF, Alberto César, UPA não pode fechar portas e nem restringir atendimento. Para ele, o Instituto de Gestão Estratégica (Iges) nasceu com a promessa de resolver esse tipo de problema, mas só está piorando a situação. “Em teoria, o paciente deveria ficar na UPA apenas 24 horas e, em caso de necessidade, ser removido para hospital de referência ou receber alta. Entretanto, esse mecanismo está sendo burlado. O paciente é admitido e, depois de 24 horas, é feita outra ficha, como se fosse uma nova entrada, sendo que o paciente já estava internado. Assim, se o paciente fica internado quatro dias, o Iges recebe como se fossem quatro pacientes diferentes”, explica.

Não por acaso, nas propagandas, o Iges aparece com resultados melhores que o serviço público. Na realidade, isso não se confirma. “Os números do Iges são superdimensionados, pois adotaram esse mecanismo, de fazer uma ficha nova a cada 24 horas, ainda que seja o mesmo paciente internado. Isso os leva a superfaturar, pois recebem em cima desses números de atendimento superdimensionados”, considera Alberto César.

De acordo com informações preliminares da fiscalização, a UPA Planaltina ainda não tem Responsável Técnico e nem CNPJ ativo. “Vamos notificar os responsáveis, pedir explicações sobre a situação e cobrar soluções, pois a população está precisando de atendimento. Como a unidade está, não tem como continuar”, completa Noronha.