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FUEnf se reúne com a alta cúpula da Secretaria de Saúde

As entidades que compõem a Frente Única da Enfermgem (FUEnf) se reuniram com a alta cúpula da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) nesta quarta-feira (20), para apresentar as demandas da categoria, propor iniciativas para melhorar as condições de exercício da profissão e entender melhor como vai funcionar o esquema de vacinação contra a Covid-19.

Os representantes da Enfermagem pediram que a SES estabeleça uma mesa fixa de negociações entre a categoria e o governo, com reuniões periódicas, para tratar sobre os assuntos de interesse do serviço público. A sugestão foi acatada pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto. “O momento é de diálogo, cooperação e entendimento. Fomos bem recebidos e temos espaço para defender as demandas e os direitos da categoria. Vamos trabalhar com essa determinação, para alcançar os resultados práticos que a categoria espera”, disse o presidente do Coren-DF, Dr. Elissandro Noronha.

A cúpula da SES apresentou mais detalhes sobre o planejamento que será executado pelo órgão para a imunização da população e recebeu as propostas e contribuições levadas pela FUEnf a respeito do tema. Além disso, os representantes do governo esclareceram dúvidas e ouviram as discordâncias sobre a prestação dos serviços de saúde em cada uma das diretorias regionais. Os representantes da Enfermagem apresentaram as reivindicações da categoria, que serão formalizadas por meio de ofício.

Entre as propostas apresentadas, podemos destacar a avaliação da eficácia e da segurança das vacinas aplicadas aqui no DF, passando também por questões relacionadas à legislação da categoria, como o dimensionamento dos recursos humanos nas salas de aplicação, fornecimento de EPIs, estruturação das salas de vacinação, definição da responsabilidade técnica e condições dignas de exercício profissional.

A presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, tratou duas pautas da reunião como prioritárias: a transparência nos processos de seleção dos grupos prioritários para receber a vacina em cada uma das fases – assim como o quantitativo de pessoas vacinadas, doses dos imunizantes previstas para envio pelo Ministério da Saúde e o seu recebimento, além da responsabilidade técnica das salas de vacina e das equipes de enfermagem – onde pontuou a importância de dar o apoio técnico e administrativo necessário para a correta execução da função, bem como abrir espaço para que os profissionais possam adentrar nos cargos de gestão.

“A reunião é um momento muito importante para alinharmos nossas atuações complementares em prol de um bem comum, que é o sucesso da vacinação, e que ela ocorra de forma rápida e transparente. E a discussão sobre a responsabilidade técnica é uma demanda antiga da enfermagem, e muito importante para nós, até para dar segurança aos enfermeiros que assumirão a responsabilidade. Também é preciso que haja uma contrapartida justa, ética e legal para que esses enfermeiros ocupem os espaços de gestão”, afirmou.

Além do presidente do Coren-DF, Elissandro Noronha, participaram da reunião a presidente e o diretor-executivo do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio e Marcio da Mata, a presidente da ABEn-DF, Rosalina Sudo e o diretor do Sindate, Newton Batista. Os representantes da Enfermagem foram recebidos pelo secretário de Saúde Osnei Okumoto, pelo o secretário-adjunto de Assistência à Saúde Alexandre Garcia, pela diretora de enfermagem da SES Cristiane Costa Vieira, pelo diretor da COAPS/SAIS, Ricardo Aguiar e pela diretora de gestão de pessoal, Silene Quitéria.

Além de formalizar as demandas da categoria junto à SES, a FUEnf vai comunicar os pleitos formalizados juntos aos órgãos de controle, ao Comitê de Crise Covid-19, ao Conselho de Saúde do DF e ao Ministério Público (MPDFT). “É hora da prática, é hora de ação. O momento de conquistar melhorias para a saúde do DF é agora, não pode ficar para depois. Tínhamos problemas antes, que foram agravados pela pandemia e não podem ficar assim. A população precisa de melhores condições de atendimento e a Enfermagem precisa de melhores condições de trabalho”, disse o enfermeiro Elissandro Noronha.