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UTI do Hospital Regional do Gama reduziu indicadores de infecção hospitalar

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Gama (HRG) reduziu três importantes indicadores de infecção hospitalar nos pacientes. A primeira, de pneumonia por ventilação mecânica, diminui 17,2%. A segunda, de corrente sanguínea, caiu 24,5%. E, por fim, a de trato urinário, que foi zerada na unidade.

 

Os resultados foram obtidos um ano após a implementação do projeto “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala”, do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde, em parceria com hospitais de excelência do Brasil.

 

O objetivo do projeto é orientar as melhores práticas para o cuidado da segurança do paciente nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), desenvolvendo habilidades técnicas para atingir melhorias e gerando aprendizado com base em métodos científicos. Dessa forma, foi possível atingir a redução de infecções relacionadas à assistência em saúde.

 

HRG adotou as melhores práticas para a segurança do paciente.

 

“Com isso, hoje, o HRG pode se considerar uma referência, mesmo que iniciante, pois, com o projeto, estamos aprimorando a capacidade técnica dos profissionais e do sistema de trabalho”, afirmou Rayanne Balbino, chefe do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do HRG.

 

Ela também é líder do projeto no HRG, que foi selecionado, em novembro do ano passado, para ser um dos 120 hospitais do Brasil a adotar as melhores práticas para a segurança do paciente. “Parabenizo, em especial, os servidores da UTI, que têm se dedicado, diariamente, para o bom êxito dessas ações em prol do paciente. Ações essas que têm possibilitado a eles uma assistência mais limpa, mais segura e com mais qualidade”, ressaltou Balbino.

 

UNIÃO E QUALIDADE – Para a chefe médica da UTI do hospital, Cinara de Paula, com o projeto foi possível unir a equipe de forma multidisciplinar e estimular os servidores a aderirem às boas práticas, dando mais qualidade ao atendimento.

 

“O impacto positivo foi observado com redução direta das taxas de infecção, do tempo de permanência em ventilação mecânica, dias de internação, e taxa de mortalidade. Assim, aumentamos, diretamente, os números de vidas salvas, além de trazer a família para junto do paciente e da equipe, estabelecendo uma relação de apoio e confiança”, avaliou Cinara de Paula.

 

PRÁTICAS – Com o projeto, foram desenvolvidas novas ações de trabalho, reuniões estratégicas, ferramentas para mensuração de dados e, principalmente, estruturados processos de trabalho baseados na metodologia do Institute for Healthcare Improvement (IHI), referência no setor. Dessa forma, foi possível trazer resultados de excelência e com foco no ser humano.

 

Na avaliação do chefe do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do HRG, Ivo Álvaro, apesar de a equipe ainda estar se adequando às rotinas que estão sendo aplicadas e padronizadas, o engajamento tem sido bastante produtivo. “A sensibilização dos profissionais relacionados ao projeto estão melhorando visivelmente e, consequentemente, os índices nas taxas de infecção caíram ainda mais”, destacou.

 

MAIS UNIDADES – Em Brasília, o projeto é desenvolvido no HRG e em outros cinco hospitais: Materno Infantil (Hmib), Asa Norte (Hran), Instituto Hospital de Base (IHB), além do Universitário de Brasília (HUB) e Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). A perspectiva é ampliar o projeto para as demais unidades que possuem UTI.

 

A proposta é reduzir, até 2020, entre 30% e 50% os índices de infecção nas UTIs dos hospitais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.