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Com uso de tecnologia digital, Saúde aprimora atendimento de infarto

Com a proposta de oferecer tratamento mais qualificado e com a maior celeridade possível no atendimento dos casos de suspeita de infarto agudo do miocárdio, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal lançou, nesta terça-feira (5), o projeto-piloto Sprint, uma iniciativa que usa a tecnologia digital a serviço da medicina e dos pacientes.

Por meio de um aplicativo instalado em um tablet, hospitais regionais e unidades de pronto atendimento (UPAs) serão integrados aos hospitais regionais de Taguatinga e do Gama, referências cardiológicas da rede pública de saúde, e aos institutos Hospital de Base e de Cardiologia, que são centros de hemodinâmica (ramo da fisiologia que estuda a circulação do sangue).

O dispositivo permitirá a comunicação entre as equipes médicas, com a possibilidade de discussão do caso clínico e, ainda, uma segunda opinião, tudo em tempo real. Cada unidade já recebeu um tablet, em que o médico que atendeu o paciente com suspeita de infarto preenche um questionário para obter dados essenciais à avaliação e escolha da melhor opção terapêutica.

TECNOLOGIA – “O infarto agudo do miocárdio é a responsável número um da lista de causas de morte. Quando temos uma tecnologia disponível, temos que trabalhar como meio para reduzir a mortalidade, garantindo que as pessoas retornem para suas casas. Essa é a nossa expectativa, com a implantação dessa tecnologia inédita na Secretaria de Saúde do Distrito Federal”, ressaltou o titular da pasta, Osnei Okumoto, durante o lançamento do projeto, no Hospital Regional de Santa Maria.

Os dados coletados pelos profissionais de saúde são inseridos em um aplicativo chamado Join, que está instalado no tablet e faz a interface entre os especialistas em tempo real. Essa plataforma digital é validada por órgãos importantes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Administração de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos (FDA) e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Para a utilização desta nova ferramenta tecnológica, os médicos da rede estão sendo treinados e capacitados. Com isso, a perspectiva é de que os pacientes sejam atendidos rapidamente e tenham seu diagnóstico e tratamento feitos no mesmo local, aumentando as chances de sobreviver e reduzindo complicações.

“O melhor tratamento é o mais precoce. Isso porque, desta forma, teremos redução de complicações e da mortalidade decorrentes do infarto”, destacou a coordenadora do projeto Sprint, Edna Marques.

ENTENDA  O tablet ficará disponível na Sala Vermelha das UPAs e prontos-socorros, local em que os pacientes são atendidos com suspeita de infarto. Quanto mais rápido o atendimento, melhor o resultado para o paciente.

Nos 12 primeiros meses do projeto, realizado em parceria com empresas parceiras (Boehriger e ALLM), não haverá qualquer custo para a Secretaria de Saúde. Ao final do período, a pasta avaliará os resultados e, se forem positivos, a metodologia será implantada, definitivamente, na rede pública de saúde.

DADOS   No Brasil e no mundo, a maior causa de mortalidade são as doenças cardiovasculares, principalmente, o infarto agudo do miocárdio. No Brasil, em 2017, foram registrados 383.961 casos e, em 2018, mais de 400 mil, segundo dados parciais da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que tem o registro de mortes por minuto. Neste ano de 2019, segundo o site da SBC, já ocorreram 37.378 casos até esta segunda-feira (4).

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